A tosse havia voltado, mas não com a mesma força como nas outras noites. Os olhos meio pregados devido à coriza noturna se esforçavam entreabertos tentando distinguir o distorcido vermelho do relógio-alarme que marcava alguma hora da madrugada. O peito ardia sem parar em razão da bronquite crônica que o acompanhava desde a infância. Um gosto amargo de bile vinha à boca e descia garganta abaixo com a saliva ácida. Já havia horas que estava daquele jeito, virando de um lado para o outro, com se em algum momento fosse conseguir dormir profundamente e esquecer daquilo tudo por mais algum tempo. Porém uma espécie de febre ardia lentamente, e mesmo que não estivesse dormindo de fato, permanecia num estado sonâmbulo, delirante, sem ter controle sobre os pensamentos. E os sonhos? Seriam de fato sonhos? Havia um mês que todas as noites sonhava com a mesma coisa. De manhã nunca lembrava de tudo, sempre alguma parte diferente, porém sabia que se tratava do mesmo sonho. Aquele crucifixo, sempre o
Comentários
Quanto ao 'contos parte I', angustiante, exatamente como era a tua intenção, creio eu, faz o leitor sentir a agonia do personagem.
e quem é ao telefone?
um abraço grande!
bj!
bjs
Te convido a conhecer meus romances. Três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço e boa leitura!
Brando sem deixar de ser bruto.
Brilho na brecha do barraco.
Hino entre os hunos.
Brrr... uno.